Maria Luisa Lobo

Chilena radicada em São Paulo. Nasceu em Santiago, Chile, em 1953. É graduada em Desenho Têxtil pela Universidad de Chile, e tem desenvolvido nos últimos anos uma linguagem ancorada no exercício da pintura e no crescente interesse por todas as etapas de produção.

“Crio uma espécie de sistema, onde todo o material é aproveitado. Componho espaços por justaposição de linhas e grades, com deslocamentos modulados pelas espessuras das fitas adesivas.”

Apesar da natureza abstrata, são perceptíveis as referências à representação da arquitetura, tapeçaria e do automatismo dos processos da própria pintura.

Obra – Células Ciliadas

A obra representa as células ciliadas, responsáveis pela audição plena, mas que quando sofrem por algum dano, também reverbera na perda da audição. Na obra, Maria Luisa representa essas células por meio da altura dos rolos de pintura. Na audição normal, elas seriam representadas no mesmo nível. “Coloco elas em diferentes alturas para ver como que se produz essa perda auditiva.”

Para ela, a perda auditiva é como um piano. “Se você tem uma falha no piano, um dos teclados está quebrado e não temos a harmonia musical.”

Além disso, ela cria uma ‘cidade’ para enfatizar a consequência da poluição sonora nos centros urbanos.

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